segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O Medo...


O medo é bichinho que rói, rói a sua capacidade de raciocinar, a sua estabilidade até de caminhar, rói tua mente, teu coração, tira a tua alegria e te faz perder minutos preciosos de sua vida, o medo é saudável, te preserva da adversidade, te mantém vivo diante do perigo, mas te engessa, te mumifica, te aprisiona em si mesmo e enfim, quando a coragem surge, guarda-o num baú e te permite viver, não sem medo, mas sem o sarcófago que ele cria em torno de você.

Viva, não sem medo, mas na medida certa que te permita Viver!!!!... Se você ainda tiver tempo, faça-o, senão deixa para próxima.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Paciência

Ah! A paciência, meu Deus, capacidade importantíssima na maternidade, porque não me munistes dela antes dos filhinhos amados nascerem? Porque desses doses mínimas a uns (eu recebi apenas uma migalha), a outros doses imensas? O que fazer nesses momentos, quando temos vontade de explodir, de gritar a todos os pulmões, de sair correndo sem rumo e sem olhar para trás?
A frase: "Dai-me paciência Senhor!", virou clichê em meu vocabulário, jamais quis isso, mas aqui estou enlouquecida com a minha falta de capacidade, afinal os filhinhos são apenas crianças!
E aqui vou eu, tentando pouco a pouco falhar menos, tentando pouco a pouco ter mais Paciência.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Responsabilidade


Como a ignorância do ser humano é capaz ferir, se soubéssemos o quanto ferimos e somos feridos pela nossa falta de bom senso, pelo nosso egoísmo.
Ferimos a cada instante e nem nos damos conta. E daí o que fazer com os cacos? E quando somos feridos por alguém que na verdade nem faz parte da nossa vida,  passamos a odiar alguém que nem sequer conhecemos?
Aconteceu comigo, fui magoada por um ser humano que eu nem conheço, que nem sequer sabe que me feriu, que arruinou um pedaço da minha vida e, agora essa dor, esse vínculo nefasto me acompanha e de vez em quando faz questão de me visitar.
Nós pensamos que odiar ou simplesmente não gostar de alguém é algo que acontece, mas veja bem, criamos vínculos, laços e essas pessoas fazem parte de nossas vidas, mesmo não sabendo elas passam a fazer parte de nossas vidas, como me livrar desse vínculo, como deixar de ser atormentada e perseguida por tais lembranças e sentimentos, como esquecer?
Não sei, só sei que este ser humano já não merece o meu rancor, talvez nunca tenha merecido, e simplesmente não consigo seguir em frente. Fico estagnada, me torturando, não constantemente, mas por vez ou outra me pego alimentando esse monstro que habita o meu ser.
Mas sigo em frente, tentando pelo menos esquecer, se ainda não sou capaz de perdoar.
E devemos sempre lembrar, cuidado ao ferir, mesmo que achemos que o outro não o será, nunca se sabe! A responsabilidade de nossos atos é intransferivelmente nossa!

domingo, 27 de maio de 2012

Domingo

Às vezes ele começa assim, meio preguiçoso, sem a gente perceber se deixa ficar um bocado a mais na cama.
Daí se levanta preguiçoso, tomamos o café da manhã bem tarde, bem fora do costume, e quando olhamos no relógio, meu Deus: já são 09:00 horas!!
Segue o dia tentando entrar no ritmo, e a gente na correria, mesmo no domingo sempre arranjamos o que fazer, nem que seja um almocinho precioso com gostinho diferente.
E no fim se entrega manhoso, e nós? Nos deixamos ficar, de um jeito meio brejeiro, sem pressa e sem remorso, de um dia preguiçoso
assim meio com vontade nele de ficar, acabamos
esperando o domingo passar, pois a segunda-feira
que já não tarde a chegar.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Olha a Vida...

Hei, pára e olha a vida que passa pela janela, olha os momentos que deixamos passar assim, só olhando sem participar, sem nos envolver, por diversos motivos, por não querermos nos incomodar, por não querermos parar para sorrir, amar, chorar, abraçar, sentir, por não querermos realmente Viver!
Olha os momentos que deixamos para trás, as lágrimas das quais fomos apenas expectadores, dos sorrisos que não fomos capazes de colher, dos beijos que não recebemos, da diversão que não tivemos por não querer se molhar numa tarde de chuva.
Lembrando a Vinicius de Moraes na composição "Como dizia o Poeta"

"Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão"


Viva, ame, não permita que a vida passe em brancas nuvens, deixe a sua marca, faça algo, participe!

domingo, 13 de maio de 2012

Fim de Tarde

Às vezes me pergunto, ao fim da tarde para onde vai o Sol das nossas vidas, esse brilho que às vezes se apaga no horizonte, num crepúsculo vermelho, que leva as esperanças de um dia, que anuncia a chegada de uma noite.
Esse Sol que trazemos dentro do peito que insiste em fugir, se esconder atrás de uma montanha qualquer, que nos embala a noite fria e muitas vezes escura na esperança do amanhecer.
Mas se olharmos longe no nuance de laranja no horizonte, enxergaremos, ainda que com uma sutileza amena a promessa da aurora, e vai depender de nós mesmos se a noite será negra e sombria, ou se será banhada por uma imensidão de estrelas e a claridade prateada da Lua, pensemos, quando nosso Sol se esconde, se  a Lua será capaz de brilhar em nossos corações, pondo-se ao amanhecer e dando passagem a outro Sol nascente, cheio de esperança e possibilidades, afinal esse escolha é individual!

domingo, 6 de maio de 2012

Ao Ser Amado

Hoje me lembrava dos tempos idos de moça solteira, sozinha. Lembrava-me como esperei pelo ser amado, alma querida da minha alma, a parte que me completaria.
Lembrava-me como a solidão embalou noites banhadas a lágrimas, dias sombrios onde o sol não brilhava.
Como queria o sabor da entrega, de um abraço querido em meio à dor, como ansiava em compartilhar uma gargalhada, um pão de queijo com café!
Foram milhares de minutos, centenas de dias de espera e angustia, esperando o Ser anunciado, aquele que viria para aquecer meu coração e dar sentido a minha vida.
Por sendas obscuras precipitei-me, em lugares escusos me deixei estar, a procura-lo, na dor e na solidão me deixei embalar e fiquei assim atordoada de desespero e dor.
Enfim, quando já não havia mais esperança, quando o desalento já havia tomado conta de mim, quando já havia me entregado as garras frias da morte, ele veio, com um sorriso sincero, com uma forma amiga à muito conhecida, me arrebatou deste mundo sombrio.
Obrigado meu amado, por tudo que você significa na minha vida, pela minha salvação, como num conto de fadas, você meu príncipe encantado, que surgiu na sua armadura reluzente de amor e virtude, que lutou com o Dragão dos meus vícios e me trouxe de volta à Vida, em seus braços para conhecer o Amor e a virtuosa conduta de um Lar!
E assim envolta nos seus braços me deixei estar, e hoje, 11 anos depois ainda me sinto enamorada como da primeira vez, ainda recebo o beijo morno da manhã como se fosse o primeiro!

sábado, 5 de maio de 2012

Dificuldades

Ontem ainda encontrei o dissabor da dificuldade, quando tentava dar continuidade ao trabalho que me propus, trabalho de auxílio, de amparo, senti-me deslocada, colocada contra meus próprios pensamentos.
Não conseguia a concentração necessária para a continuidade do trabalho, sem a entrega tão imprescindível para a conexão com a divindade, pois sem ela é impossível qualquer tipo de produtividade construtiva para qualquer atividade.
Me peguei esmorecendo, sem ânimo dei passagem ao dissabor da impaciência, permiti-me a falta de cautela com meus próprios pensamentos, ruína certa para qualquer projeto.
Mas assim mesmo, sem a mínima impressão de sucesso, eu o obtive, logrei em realizar o labor proposto, desconexo, mas realizado.
Isso me ensinou algo, mesmo nesses momentos, levantemos os olhos ao Céu e lembremos o Pai Querido, que sempre, indiferente daquilo que somos ou fazemos, Ele nos envia auxílio! E o relevante é conseguirmos identificá-lo e nos abraçarmos as benditas bênçãos do Pai.