terça-feira, 23 de novembro de 2010

Hoje

Nesta manhã acordei com uma sensação diferente, meio cansaço, meio irritação, um não sei o que indescritível.
Ralhei com o marido, repreendi as gatas, gritei com as crianças opa, neste momento parei, me olhei de fora e me alertei: que mostro você é?
Mas já tinha gritado, descontado nos pequenos esse não sei o que! 
Tentei me redimir, cantei com eles, brinquei e percebi que assim eu gostaria de ser, simples, inocente, sem guardar mágoas e rancores, sem me descompassar pela atitude alheia, sorrir a quem me humilha, abraçar quem me machuca. Assim passei a manhã, adentrei à tarde com a mágoa e ressentimento que devia ser deles para comigo, mas eles não se abalam com a nossa ignorância, isso é ridículo demais para suas pequenas almas crentes em algo maior, ressenti-me comigo mesma, caí na minha própria grosseria, desintegrei-me em lágrimas e remorsos.
Fazer o que? Agora não adianta mais e, só por Hoje tentarei ser melhor, e amanhã ao invés de extravasar gritando, tentarei aprender com eles e extravasar rindo! 
Porque Rir é a melhor terapia para essas enfermidades passageiras e sem sentido que amanhecem conosco e nos abandonam ao adormecermos.

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