Nesta manhã acordei com uma sensação diferente,
meio cansaço, meio irritação, um não sei o que indescritível.
Ralhei com o marido, repreendi as gatas, gritei com
as crianças opa, neste momento parei, me olhei de fora e me alertei: que mostro
você é?
Mas já tinha gritado, descontado nos pequenos esse
não sei o que!
Tentei me redimir, cantei com eles, brinquei e
percebi que assim eu gostaria de ser, simples, inocente, sem guardar mágoas e
rancores, sem me descompassar pela atitude alheia, sorrir a quem me humilha,
abraçar quem me machuca. Assim passei a manhã, adentrei à tarde com a mágoa e
ressentimento que devia ser deles para comigo, mas eles não se abalam com a
nossa ignorância, isso é ridículo demais para suas pequenas almas crentes
em algo maior, ressenti-me comigo mesma, caí na minha própria grosseria,
desintegrei-me em lágrimas e remorsos.
Fazer o que? Agora não adianta mais e, só
por Hoje tentarei ser melhor, e amanhã ao invés de extravasar gritando,
tentarei aprender com eles e extravasar rindo!
Porque Rir é a melhor terapia para essas
enfermidades passageiras e sem sentido que amanhecem conosco e nos abandonam ao
adormecermos.